quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Segurança, educação e o hino nacional

Assaltos nos transportes públicos, conflitos entre policiais e traficantes nas comunidades, ataques às UPPs, arrastões nas praias durante o fim de semana... estas são apenas algumas das notícias que voltaram às manchetes, "coincidentemente", nesta época de eleições. Não sou adepto das teorias de conspiração, mas me parece claramente uma ação orquestrada para denegrir a imagem do Governador - que não teve e nem tem meu voto - candidato à reeleição.


Tão lamentável quanto a falta de escrúpulos de certos candidatos é a imbecilidade daqueles que se deixam manipular por quem em nada se importa com eles. Parece um acordo do tipo "se eu for eleito, a vida de vocês vai voltar a ser como era antes". Os bandidos já estão fazendo a sua parte. Medo dessa eleição!!!

Bem, vamos falar do Ideb. Não sei como funciona nos outros estados, mas aqui, no Rio de Janeiro, a milagrosa ascensão de 11 posições, chegando à quarta maior nota no país, não reflete em nada a realidade. As escolas não melhoraram, os professores não estão mais qualificados, dezenas de unidades foram fechadas por falta de alunos, turmas são "otimizadas" (juntam turmas consideradas pequenas e formam uma superlotada) etc.


Qualquer professor sabe que uma prova não é o suficiente para avaliar o processo de aprendizagem e, mesmo que fosse, não seria difícil preparar os alunos especificamente para esta avaliação. No final, tudo se resume aos números, principalmente o bônus de R$ 70 milhões que será distribuído entre as escolas do Estado.

Pra fechar com chave de ouro, gostaria de citar o caso de um professor na Paraíba que achou uma boa ideia encerrar um evento cultural na sua escola com uma versão funk do hino nacional, acompanhada pelo "passinho". 


Eu não gosto de funk, mas não é esta a questão. O hino é um dos símbolos da pátria e, como tal, deve ser executado em caráter cívico e com o devido respeito. Além disso, "é proibida a execução de quaisquer outros arranjos vocais ou artístico-instrumentais do hino". Há de se privilegiar uma cultura (o funk) em detrimento de um símbolo nacional?!? Não vejo de que forma tal ato contribuiu para a educação destes alunos, tendo em vista que a maioria sequer deve saber a letra completa do hino ou os significados de "fúlgidos" e "retumbante", por exemplo. Infelizmente, nunca seremos uma país sério enquanto continuarmos nos tratando como uma piada.



8 comentários:

  1. Muito bom esse post, a parte do Hino Nacional em versão funk é um crime, esses sem culturas precisam pagar pelo crime que estão cometendo, se não fizerem nada com eles, a ignorância vai continuar. E as pessoas que votarem novamente no Tiririca, é porque são idiotas mesmo. O número dele é uma mensagem subliminar. 4 Patinhos Tontos que acreditam no Palhaço.Parabéns pelo post.

    Arthur Claro
    http://www.arthur-claro.blogspot.com

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    1. Cara, tô mto desanimado com essas eleições pq q nada vai mudar, sempre mais do mesmo.

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  2. Sério, não podemos mais acreditar em ninguém!
    coitado do nosso povo, sinto na pele de meus filhos!!!!Não dá pra sair alegre e cantando o Hino nacional!
    Não aguento mais violência e esquemas milionários!
    http://www.elianedelacerda.com

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  3. Tá F...
    É uma bagunça geral.
    Impunidade total.
    Eu não sou neurótico, mas acredito sim em conspiração.
    O ataque do PCC em São Paulo também foi em ano de eleição, não?

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  4. trabalhei num evento que o cliente queria colocar o hino nacional 'versão forró'. Falei que isso não seria possível devido ao fato que você citou no texto. Depois de muita briga , ele aceitou a minha opinião. Esse povo quer ser diferente e esquece que existe uma tradição que deve ser respeitada. pelo menos em ambiente/evento profissional

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