quinta-feira, 28 de abril de 2011

Entre o céu e a terra

Quando viajo para outras cidades, dois lugares que sempre gosto de conhecer são igrejas e cemitérios. Não que eu fique por aí procurando, mas ao passar em frente não resisto à vontade de entrar.

Gosto muito de arquitetura sacra, desde a grandiosidade de alguns imensos templos religiosos à intimidade das menores naves, com pouca luz e ventilação, sempre abarrotadas de imagens e referências a seus doadores. Minas Gerais, com certeza, é o melhor lugar para esse tipo de turismo. Lá, há uma igreja a cada esquina, a maioria mantendo suas características originais e/ou alguma menção histórica. Chego até a imaginar os senhores e senhoras que da Missa ali participavam.

Os cemitérios também são ótimos lugares para se observar imagens, principalmente, os infinitos anjos por lá espalhados. Gosto de admirar a riqueza dos jazigos de famílias nobres, contrastando com a pobreza dos túmulos com tampas rachadas e flores de plásticos a enfeitá-los. Olho datas, calculo idades, me compadeço com as crianças e me transporto no tempo com as pequenas fotos amareladas. Cachorros sempre existem por lá. Vivos, não enterrados! Ah, e é claro que não pode faltar um possível "santo", que teve morte muito precoce ou trágica e cuja sepultura está sempre coberta com "ofertas" pelas graças recebidas. São histórias que não acabam mais.

Vida e morte são mistérios que nunca seremos capazes de decifrar, e uma imensa fonte de inspiração para mentes férteis e curiosas.

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